quarta-feira, 23 de abril de 2008

Bora pra rua !!!


Para não deixar passar em branco tanta coisa legal que a gente vem fazendo em estúdio e salas de aula, neste semestre, eu e o MNeC armamos uma Discompasso. Sem muito compromisso, mais em clima de laboratório e experimentação, vamos mostrar pelas primeiras vezes o nosso novo projeto de live PA: InterZone Plublic Adress...

Clica na imagem do cartaz e saiba de tudo!


Apareçam!

Serviço:
Sexta-feira, 25 de abril, a partir das 19h
Entrada GRATUITA
Santo Arcádio Bar & Rest ("Bar do Alemão")
Rua Sto. Arcádio, 113, Brooklin - ao lado do Campus Morumbi da Anhembi

Segunda parte da entrevista com MNeC!!!


Bom, pra começar... Esqueci de dizer umas coisinhas sobre o nosso amigo Meu Nome é Carlos..

MNeC é uma cabeça complexa, mas também pop meio que sem querer. O figura se chama Fabeo, na verdade... vai vendo..rs; Ele conquista atenção fácil-fácil com esta espécie de personagem que assume diariamente para contemplar as coisas sob uma ótica dadaísta, e as vezes até pessimista... ai, ai.. como ele fala da morte, né? rsr

Fã do iconoclastra Rogério Skylab, tira sarro de muita coisa... dos irmãos evangélicos, e às vezes se irrita facilmente (quase como a Fernanda Young) com tudo ao seu redor. Mas com um senso irônico inacreditável.. não perde a amizade... Ainda assim, não tá nem aí em ser sociável. No fundo, todo este jeitão revela um inquieto que gosta mesmo é de romper com paradigmas pré-estabelecidos pelo senso comum e a industria do belo.

Acho que é isso.. Fiquem com a segunda parte da entrevista. E mais uma vez, dêem boas vindas ao novo colaborador do blog Discompasso!!!

DISCO - Como que a morte, algo que as pessoas costumam ter medo e não gostam de tocar no assunto, pode ser tão inspiradora para o Meu Nome é Carlos?

MNEC - Eu não vejo a morte como uma inspiração, talvez como um elemento de tranqüilidade no cotidiano. Mas é realmente fascinante o repúdio que as pessoas expressam abertamente sobre esse tema. Talvez eu fale tanto a respeito da morte pela possibilidade de observar reações, visto que eu jamais falo sobre a morte específica de alguém ou num contexto de ameaça nem nada do gênero. Não sei como a maioria das pessoas pensam ou porque sentem medo. Eu teria medo ao ponto da paranóia caso fosse constatado que eu entraria numa rotina que se estenderia por toda a eternidade, isso sim.

DISCO - Ao mesmo tempo, a morte parece ser uma boa saída para escapar do perfeccionismo que te assombra de vez em quando...

MNEC - A saída ou pseudo-cura para o perfeccionismo não é a morte e sim a desconstrução. A desconstrução das linguagens, estéticas, paradigmas e toda forma de criação estagnada é que detona o perfeccionismo. O irônico disso é que a desconstrução acaba criando uma diversidade tanto de linguagem, como estética e acaba sendo perfeita em resultado sem a necessidade da perfeição na execução.

DISCO -
MNeC também gosta de dançar "putz putz"? (rrs)

MNEC- Ah! O MNeC certamente se deixa levar por determinados ritmos. É uma forma de apreciar a música. Algumas pessoas podem vir a estranhar que em determinada festa eu me jogue na pista em algumas musicas e sente em um canto em outras. Posso gostar ou abominar músicas dentro de um mesmo gênero e isso faz toda a diferença. Eu não me forço a dançar, confesso que nem gosto muito e ainda por cima não sei fazê-lo. Mas se uma música me pega pelas orelhas, eu vou pro meio eliminar as toxinas. É crédito da música.

DISCO - Como é colocar ruídos electro-acústicos em sons de pista?

MNEC - Eu tenho o resultado estético na minha cabeça e sei que é viável. Resta apenas buscar a viabilidade técnica de uma criação ao vivo nesse sentido. Se os ingleses obtiveram tamanho sucesso ao despejar canções melodiosas e extremamente melancólicas em cima de batidas dançantes e arrancar gritos eufóricos nas pistas de dança, já está mais do que na hora de levar para pista os filmes de terror também.

DISCO - Você passou a acreditar mais ainda na força destes sons após ter entrado em contato com a história da música electro-acústica, nas aulas do VJ Fernão?

MNEC - Eu sempre tive muita convicção sobre os elementos concretos na música, mesmo antes de empregá-los. O que realmente me aproximou musicalmente dessa área foi a sugestão do Prof. Fernão de ouvirmos o "Marolo Noise Retrospective". Aquele set influencia até hoje minhas criações eletro-acústicas.

DISCO - Você vê alguma similaridade do uso da fita de rolo (de gravação) tocada como instrumento na época, com as interfaces MIDI e o sampleamento digital de hoje?

MNEC - Para se ter uma idéia da importância da música eletro-acústica para a atual música eletrônica, basta pensarmos nos dois elementos primários da música eletrônica: seqüênciador e samples. É bem provável que a música eletrônica viria a existir mesmo sem a música eletro-acústica, mas quando desenvolveriam sintetizadores musicais sem ter a idéia de utilizar osciladores de FM como era feito na música eletro-acústica? Quando passariam a utilizar samples e loops como já era feito na mesma?

DJs globalistas e a nova world music...global ghetto!


Em janeiro, o amigo Camilo Rocha deu na FOLHA: "DJs Globalistas buscam sons periféricos"; O artigo é bem claro... Exemplifica o que anda rolando em diversos cantos fora do hype das industrias centrais da cena eletrônica mundial! O texto chega a provocar que o movimento Global Ghetto pode cutucar a estagnada world music... Só o Camilo mesmo!

Foram entrevistados gente como o canadense Ghislain Poirier (foto) e o brasileiro DJ Dolores, entre outros.
Na íntegra no blog dele: http://rraurl.uol.com.br/blogs/bateestaca/444/DJs_globalistas_para_quem_nao_leu Seja marginal, seja herói!

Come a batida?!?



É isso aee..
Tá na área a minha nova newsletter: a Eat The Beat te serve das novidades do Marmitex =P
Para assinar, escreva para eatbeat.djmarmitex@gmail.com ;
Devora!!!

sábado, 19 de abril de 2008

Bem-vindo Meu Nome é Carlos!!!


Oba. A Discompasso ganha um novo blogueiro! O grande conhecedor de linguagens da música eletrônica está com tudo. Acabou de montar um set-up novo para o live PA InterZone Public Adres, no qual este que vos fala também faz parte. Até a nossa estréia de experimentação, que rola dia 25/4 com a volta da Discpompasso (mais em breve), Meu Nome é Carlos aka Fabeo Firsoff estará bem vivo aqui no blog.


Para começar a simbiose, vamos de entrevista com o também
baixista do Hello Dali, banda de rock do Luis Lima. Abaixo, separei a primeira parte das perguntas que fiz pro meu parceiro. Na semana que vem, aguarde pela segunda parte. E depois, ele começa oficialmente a falar direto com os leitores do blog Discompasso, ein?

DISCO - Porque você acha que as pessoas gostam e se divertem com o nome Meu Nome é Carlos? O que este nome te inspira para suas performances praticamente teatrais?

MNEC - Na verdade, eu não tenho idéia do que as pessoas acham do nome, ou ao menos até que me digam. Na verdade, o alter ego não foi elaborado ou idealizado absolutamente. Simplesmente aconteceu. Eu imagino que as performances do Meu Nome é Carlos possam parecer extremamente incomuns, mas é tudo parte de um momento de introspecção, onde me distancio de tudo ao meu redor para não ser deglutido pela timidez fatal.


DISCO - Como é possível tirar tanto suingue de uma máquina e ainda com o mouse? Pode-se afirmar que você faz um remix de seu conhecimento de informática com suas aulas de bateria?
MNEC - Na verdade, não creio que haja relação entre minhas produções e o tempo em que almejei ser baterista. É importante lembrar que deixei a bateria há dez anos sem nunca mais ter contato. Na época em que tocava, eu ainda sofria de perfeccionismo agudo, o que me limitava bastante musicalmente apesar da otimização técnica que me trouxe na época. Acho que o que realmente influencia meus beats hoje, é todo o repertório que eu ouço. A tal da "bagagem musical". Com o passar dos anos, fui expandindo esses horizontes e passei a ouvir coisas que até o Dinheiro duvida.

DISCO - Porque fazer músicas longas te empolgam tanto? Antes de iniciar um longo sequênciamento, o que você tem pré-programado?
MNEC - Quando vou fazer uma música, tento imaginar como seria se ela ficasse legal. Eu ainda chego lá, mas enfim... Quando eu ouço músicas que me agradam, gostaria que elas durassem mais. Então, tento estar preparado eu mesmo para essa possibilidade. Além disso, quando eu preparo uma estrutura para seqüenciar ao vivo, quero tempo o bastante pra poder viajar no som, sem ter que me preocupar em encerrar logo. Talvez fosse diferente se eu tivesse que me preocupar com o formato "radio edit", mas a verdade é que essa noção sequer me agrada.

DISCO - Como que você faz as gravações para o cantor, baixista e violonista Allan Zi? Inclua o processo sobre as que você faz com ele, assinando a autoria.
MNEC - Antes de mais nada preciso esclarecer que não assino autoria de coisa alguma em relação às composições do AllanZi. Pelo nosso acordo, eu estou produzindo "versões" das músicas dele e não um EP oficial, mesmo porque ele recentemente conseguiu uma banda de apoio e ainda está definindo o formato dele.
Mas as gravações que já fizemos até agora foram resultados de um processo relativamente simples. Nós utilizamos meu quarto como estúdio de gravação e a mágica se dá com o computador e uns microfones. Acho importante criar um formato de gravação em que o Zi se sinta confortável para trabalhar de forma à extrair a melhor performance possível, então, ao invés de gravarmos em cima da bateria, eu armo um loop que ele usa de marcação para gravar o violão. Na seqüência ele grava a voz e por fim o baixo. Só então eu retiro o loop de batida do projeto e sequencio pessoalmente uma batida mais polida e variante. Feito isso, inicia-se a sessão tédio em que ele aguarda que eu termine a mixagem. Até o momento, realizamos sempre a gravação completa de uma faixa por dia.

Quebra-tudo Bambaataa! May the funk be with you!

Que funk carioca que nada, gostamos é do rebolado de verdade!!!! rs
E você???
Afrika Bambaataa na área. Quinta @ Clash Club + domingo às 17hs no Parque D. Pedro (Virada Cultural)!




É... chegou a hora de deixar pra trás o caô que foi seu set no Skol Beats 2007, ein gordinho? Bambaataa teve problemas técnicos no seu Serato Final Scratch em diversos momentos da apresentação e ainda por cima os MCs que o acompanham foram muito malas: "make some noooooisy, Sao Paulowww" sem parar...

São 10 datas na turnê brasileira. Tomara que seja a vingança do pai do electro-funk, que alicerçou o hip hop e boa parte da música eletrônica pós-Kraftwerk, na América, como o electro-techno de Detroit!!

Pra ir se preparando:

Afrika Bambaataa & Soul Sonic Force - "Planet Rock"
http://br.youtube.com/watch?v=9h6pcqC6wrI&feature=related

Kraftwerk - "Trans Europe Express"
http://br.youtube.com/watch?v=LWlgbAc3bbM&feature=related

Afrika Bambaataa & Soul Sonic Force feat. Throuble Funk - "Go Go Pop"
http://br.youtube.com/watch?v=9h6pcqC6wrI

Afrika Bambaataa & Soul Sonic Force - "Renegades Of Funk"
http://br.youtube.com/watch?v=TCwDIq4evTM&feature=related

Afrika Bambaataa & Soul Sonic Force - "Looking For the Perfect Beat"
http://br.youtube.com/watch?v=POviI6ty98s&feature=related

Afins:

Twilight 22 - Electric Kingdom
http://br.youtube.com/watch?v=xDj54ZdJw_w&feature=related

Aux 88 - "Electro/Techno"
http://br.youtube.com/watch?v=JH-LM4aWxLU

Cybotron - "Clear"
http://br.youtube.com/watch?v=I280cxs2jvA

Channel One - "Technicolor"
http://br.youtube.com/watch?v=-4nNwbAGsa8&feature=related

Jedi Knights - "May The Funk Be With You"
http://br.youtube.com/watch?v=Fs35-0vPsk8

No Brasil:

Nego Moçambique - "Gil Para B-Boys"
http://br.youtube.com/watch?v=sKV4RF475Yo

Nego Moçambique - "Superluz (Sebo nas Canelas)"
http://br.youtube.com/watch?v=LwrOC-3l7ug

Apavoramento Sound System - "Rio Neurotic Ba$$"
http://br.youtube.com/watch?v=FANPIl-LLLk

Turbo Trio live @ Multiplicidade (RIO)
http://br.youtube.com/watch?v=TN20Z_N2FCQ

terça-feira, 15 de abril de 2008

Olha as choronas aí!!


Tem sido muito legal o burburinho que nossa camarada da flauta Corina está causando com o Choro das 3 e o lançamento de seu primeiro álbum pela Som Livre. Hoje, é a vez da estréia do CD na FNAC do Shopping Morumbi. Depois de ter perdido o lançamento oficial ali no galpão do nosso querido Campus, não vou dar bobeira... É 20h e 20 pratas na mão pra comprar "Meu Brasil Brasileiro", ein?
Até!

www.chorodas3.com.br